Poesia de Gregório de Matos – Questões
1. (UFRGS) Leia abaixo o soneto de Gregório de Matos Guerra, e Poesia , de Carlos Drummond de Andrade. A certa personagem desvanecida Um soneto começo em vosso gabo: Contemos esta regra por primeira; Já lá vão duas, e esta é a terceira, Já este quartetinho está no cabo, Na quinta torce agora a porca […]
Vestibular: Poemas de Florbela Espanca – questões
1. (UNICENTRO) Leia o poema de Florbela: Amar! Eu quero amar, amar perdidamente! Amar só por amar: Aqui…além… Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente… Amar! Amar! E não amar ninguém! Recordar? Esquecer? Indiferente! Prender ou desprender? É mal? É bem? Quem disser que se pode amar alguém Durante a vida inteira […]
Sentimento do Mundo – Drummond – questões
1. (Fatec-) Mãos dadas Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças. Entre eles, considero a enorme realidade. O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas. Não […]
Camões – Sonetos – Transforma-se o amador- Questões
Transforma-se o amador na coisa amada, Por virtude do muito imaginar; Não tenho, logo, mais que desejar, Pois em mim tenho a parte desejada. Se nela está minha alma transformada, Que mais deseja o corpo de alcançar? Em si somente pode descansar, Pois com ele tal alma está liada. Mas esta linda e pura semideia, […]
Perguntas em Forma de Cavalo-marinho (Drummond)
Que metro serve para medir-nos? Que forma é nossa e que conteúdo? Contemos algo? Somos contidos? Dão-nos um nome? Estamos vivos? A que aspiramos? Que possuÃmos? Que relembramos? Onde jazemos? (Nunca se finda nem se criara. Mistério é o tempo inigualável.) – Carlos Drummond de Andrade – – – – – – – Envie Mensagens […]
Confissão – poema de “Claro Enigma” (Drummond)
Não amei bastante meu semelhante, não catei o verme nem curei a sarna. Só proferi algumas palavras, melodiosas, tarde , ao voltar da festa. Dei sem dar e beijei sem beijo. (Cego é talvez quem esconde os olhos embaixo do catre.) E na meia-luz tesouros fanam-se, os mais excelentes. Do que restou, como compor um […]
Remissão – poema de “Claro Enigma” (Drummond)
Tua memória, pasto de poesia, tua poesia, pasto dos vulgares, vão se engastando numa coisa fria a que tu chamas: vida, e seus pesares. Mas, pesares de quê? perguntaria, se esse travo de angústia nos cantares, se o que dorme na base da elegia vai correndo e secando pelos ares, e nada resta, mesmo, do […]
A Ingaia Ciência – poema de “Claro Enigma” (Drummond)
A INGAIA CIÊNCIA A madureza, essa terrÃvel prenda que alguém nos dá, raptando-nos, com ela, todo sabor gratuito de oferenda sob a glacialidade de uma estela, a madureza vê, posto que a venda interrompa a surpresa da janela, o cÃrculo vazio, onde se estenda, e que o mundo converte numa cela. A madureza sabe o […]
Dissolução – poema de “Claro Enigma” (Drummond)
DISSOLUÇÃO Escurece, e não me seduz tatear sequer uma lâmpada. Pois que aprouve ao dia findar, aceito a noite. E com ela aceito que brote uma ordem outra de seres e coisas não figuradas. Braços cruzados. Vazio de quanto amávamos, mais vasto é o céu. Povoações surgem do vácuo. Habito alguma? E nem destaco minha […]
Cantigas (Jorge de Lima)
CANTIGAS As cantigas lavam a roupa das lavadeiras. As cantigas são tão bonitas, que as lavadeiras ficam tão tristes, tão pensativas! As cantigas tangem os bois dos boiadeiros! — Os bois são morosos, a carga é tão grande! O caminho é tão comprido que não tem fim. As cantigas são leves… E as cantigas levam […]